Augusto Vila Châ

Ele dava de si, antes de pensar em si. Todos podemos copiar um pouco da vida do padre Augusto Vila-Chã, que dava prioridade às necessidades do próximo e não aos seus desejos. Braga perdeu, não só um sacerdote, mas também um Homem de personalidade ímpar. Valorizou o doente como membro ativo da comunidade, dinamizando uma presença que vai além dos sacramentos e breves visitas nos hospitais. Como poucos, ele percebeu uma das doenças graves da humanidade: a marginalização dos doentes. Nasceu a 22 outubro de 1934 e em 1954 ingressou na Companhia de Jesus, tendo estudado Filosofia em Braga, Teologia em Granada (Espanha) e Teologia Pastoral da Saúde em Camillianum (Roma), até ser ordenado sacerdote em 1966. Prestou serviço como diretor espiritual e professor no Seminário de Dili-Timor e de regresso ao continente assumiu diversas missões pastorais. Capelão do Hospital de S. Marcos durante vinte e cinco anos, Augusto Vila-Chã tornou-se membro da Comissão de Ética deste hospital e da Casa de Saúde do Bom Jesus. Com uma vida dedicada à luta de uma assistência mais humana do doente, fundou a Fraternidade Cristã dos Doentes, e integrou a sua equipa internacional como assistente adjunto, o que lhe permitiu participar em várias jornadas internacionais em países como Espanha, Canadá, México, Porto Rico, Argentina e Brasil. Foi coordenador do Departamento Arquidiocesano da Pastoral de Saúde de Braga, ainda dedicou parte do seu tempo às tarefas de editor e diretor da ?Carta do Amigo?, um boletim bimensal destinado aos doentes, familiares e profissionais de saúde, onde são abordados vários temas relacionados com a Pastoral da Saúde. Numa ingressão pelo mundo da escrita publicou três livros: ?O Mundo da Saúde: um apaixonante desafio?; ?Ao serviço da vida ? para uma assistência mais humana do doente? e ?A arte de confortar ? reflexões sobre a Pastoral da Saúde nos hospitais?. Ao longo da sua vida ensinou-nos que a enfermidade é uma situação concreta na vida. Ninguém se pode dela alhear, para ele o doente não era um ser marginalizado pela comunidade. Ele não recusou ninguém. Foi ao encontro dos marginalizados, dirigiu-se aos pobres, ofereceu a salvação sem segregar alguém. O padre Augusto Vila-Chã deixa-nos uma enorme caminhada a percorrer: ser cada vez mais contagiados pela luta a favor da vida. Mente brilhante, Ser Humano incansável, faleceu no 29 de abril de 2013. (texto da autoria de António Costa Guimarães, em 02 de maio de 2013)

Atividade:Padre

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- Grupo Canto D'Aqui - Edição VI, 2003